Armazenar os dados em nuvem, a famosa cloud computing, está cada vez mais comum. Usuários e empresas investem na tecnologia para aproveitar suas vantagens, como mobilidade e escalabilidade. Mas, para companhias de médio e grande porte, principalmente, uma outra solução pode ser a mais adequada: a nuvem híbrida.
O que é nuvem híbrida
A nuvem híbrida, também chamada de multi-cloud, é a combinação do uso da nuvem pública (como a do Azure, Amazon e outras) e da nuvem privada (montada em um servidor no data center da sua empresa, por exemplo). A junção dos dois serviços permite que as empresas deixem as informações e os dados menos confidenciais e que são utilizados por softwares no serviço público e a parte mais estratégica e sigilosa no ambiente privado. Ou seja, a sua companhia resolveria o problema da vulnerabilidade apontado ainda como um dos pontos negativos da cloud computing.
Tendência de cloud computing
O instituto de consultoria de tecnologia Gartner publica periodicamente informações sobre o cenário de TI mundial. De acordo com informações de novembro de 2016, as empresas estavam investindo 17,2% a mais em nuvem pública e os serviços de infraestrutura de sistemas de cloud (Infraestrutura como Serviço – IaaS) cresciam 42,8%. Enquanto o crescimento se deve à economia alcançada com o serviço público e à modernização da área de tecnologia da informação, o aumento só não é maior devido ao sentimento de insegurança gerado pela disponibilidade das informações estratégicas em nuvem pública – embora o Gartner afirme que os serviços oferecidos pelos principais provedores sejam seguros.
Por essa preocupação existente nas empresas, o cenário é de crescimento também em nuvens privadas, com o uso cada vez maior da nuvem híbrida. As organizações que não planejam usá-las, não o fazem por preocupações relacionadas aos desafios de integração e incompatibilidade com aplicações, além de falhas e falta de ferramentas de gerenciamento, de Interfaces de Programas de Aplicativos (APIs) em comum e de suporte do fornecedor.
Por que investir em nuvem híbrida?
Enquanto a nuvem pública ainda gera suspeitas de insegurança, a nuvem privada possui um valor bastante alto, com exigências de disponibilidade de estrutura, gerenciamento e sistemas de proteção. Para resolver esse impasse, a nuvem híbrida chega para alcançar economia de custos (em relação ao serviço exclusivamente privado) e maior segurança. As empresas passam a armazenar a maior parte das informações nos serviço mais barato e reserva o mais caro para aquela parcela de dados que não pode correr riscos.
Além das vantagens citadas, a solução otimiza processos, oferece ainda mais flexibilidade aos funcionários e possibilita um gerenciamento melhor dos dados da empresa.
O que considerar antes de fazer a migração?
Assim como qualquer grande mudança na estrutura de TI de uma companhia, antes de fazer a migração é preciso considerar diversos aspectos da nuvem híbrida:
- A sua empresa possui condições financeiras para investir em um serviço que é mais caro que o de nuvem pública?
- Como deve ser a arquitetura híbrida da companhia?
- Qual será o armazenamento necessário em seu data center e no serviço público?
- O seu data center possui todos os procedimentos de segurança necessários, além de hardwares capazes de proteger dados e oferecer agilidade para processos?
- A sua equipe de TI tem expertise e capacidade para implementar e gerenciar a nuvem híbrida? Caso a resposta seja não, vocês tem o parceiro correto para o trabalho (saiba mais sobre outsourcing de TI)?
Embora a nuvem híbrida seja, em teoria, o melhor modelo para as empresas, nem todas estão no momento certo de investir nessa solução. Pequenas empresas, por exemplo, podem encontrar dificuldades para arcar com os custos da multi-cloud. Médias companhias em expansão e corporações de grande porte, por sua vez, precisam considerar a modalidade para garantir que suas atividades não serão interrompidas ou que seus dados estratégicos não parem nas mãos erradas.